Não li a mensagem do dirigente, a mim fosse remetida, o destino, seria sem dúvida a lata de lixo da história. Sua conduta para com os vascaínos sempre foi de desprezo, os que atuavam no campo da oposição eram tratados por chibatadas verbais, aplicava penalidades sem dó. Não se deve portanto, neste momento, encaminhar nenhuma proposta de entendimento, com os vencidos, colaboração ou qualquer outra forma. Dinamite você como político profissional deve por obrigação consultar a base, não é assim que vocês dizem, seria bom saber se ainda são receptivos a sua esdrúxula idéia de preservar a título, quem sabe no futuro, um culto a imagem. do jogador ou do dirigente. Posso adiantar, os vascaínos repeliriam, se com inseticida, não sei. O dirigente causou muitos estragos para a imagem do Vasco, criou uma áurea negativa, uma urucubaca, um estigma ao torcedor vascaíno e ao clube, tanto que o aumento de novos torcedores, mirins ou não, deve ser ínfimo. Acho mesmo, se você veio como imaginamos e desejamos, para encarnar os novos tempos, ou se quiser fazer, faça, se muito, fotos para serem estampadas no Museu. O momento é de dinamitar o que representa esta estátua, não faça nenhum arranjo de composição a pretexto de enaltecer a figura do jogador que simbolizou quer queira ou não um ciclo, que foi rejeitado pelos vascaínos, os tantos que o aprovaram nas urnas, você como o candidato desta mudança, implica de imediato afastar a possibilidade de decepção. Caso contrário pelo que li hoje pela manhã no jornal O Dia, em matéria "Reforço, agora, está difícil", vocês sabiam se não totalmente, pelo menos em parte da penúria financeira do clube.
No meu entendimento, Dinamite assume em todos os aspectos uma postura conservadora, de mudar para continuar tudo igual.Cuidado! seu adversário é extremamente agressivo, até o último instante, fez demonstrações sem nenhum pudor; atos que nem gostaria de pensar podem surgir Um novo conceito de mudança tem de fazer parte de seu projeto de administração. Não se deve pensar em conciliação com quem em nenhum momento pensou em conciliação, nem reviu sua postura, pois seu delírio pelo poder, não permitiria tal façanha. Tudo era feito pelo dirigente e por sua camarilha era para ampliar os podres poderes de sua forma de administrar e se perpetuar no clube. O que o homem lutou de modo aguerrido para não largar o osso, não foi brincadeira, tentou e tentou até as últimas conseqüências e atrelado em todas as esferas jurídicas, permanecer, tentou mas não levou.
Dizem que a justiça dos homens tarda, mas não falha, no entanto, se falhasse a divina com certeza, daria um jeito, claro que a nosso favor, daqueles que por diversas formas clamaram por melhores dias e que a esperança fosse o caminho e que a qualquer hora chegaria ao fim esta administração, que estava além da conta, extremamente saturada, nem ele conseguiu levar até o fim. Liberdade, ainda que tardia, chegou para ficar, para abalar e destruir os ranços de uma administração obscura e viciada na mesmice. Não posso deixar de falar sobre o meu clube sem mencionar a gestão do dirigente, ou a sua "simpática" figura.
Um dos grandes equívocos do dirigente foi "aposentar" a camisa 11, em homenagem "eterna" com vínculos de gratidão ao homenageado, esta postura me levou por várias vezes desaprovar tal intento; para piorar concretizou o seu sonho maior de bajulação ao erigir uma estátua a um jogador que por não ter sangue cruzmaltino, não mereceria homenagem desta grandeza. Recebeu uma bela resposta, que acredito que até hoje, aguarda um comunicado do jogador para a despedida. Convenhamos àquela situação em que vivenciou passou para a imprensa a imagem patética do dirigente que muito decepcionado, frustrado apelava para o retorno do "amigo" para a última homenagem, que nem bola passava para o dirigente que sabia mais de qualuqer um sobre o Vasco, sabe tanto que nem percebeu o que o jogador aprontou com ele, ou ele aprontou com o jogador, quem vai saber? O resultado final, deu no que deu. Para mim foi hilária e que foi reforçada pelas previsões ridículas apontadas.
O dirigente no alto de sua sabedoria , nem consultou a torcida, fazia e desfazia com bem entendia, tudo em prol dos "interesses" do Vasco.. O dirigente apenas ouvia a si próprio, quando muito, sua família e os conselheiros que sustentavam esta política, que pelo visto ultimamente em nada beneficiou o Vasco.
Como deputado, ainda bem que não foi reeleito, nunca, pelo menos eu, não consegui traduzir quais e que benefícios, e melhorias trouxe para o clube na tão propalada defesa dos interesses do Vasco, que até outro dia parecia lutar com unhas e dentes para preservar o modelo aplicado ao Vasco, retrógrado, diga-se de passagem. Bastava olhar para os lados, que poderia conclamar os vascaínos que estariam, acredito dispostos a cooperar com o dirigente, em prol da grandeza, da imagem de um clube vitorioso, ligado historicamente a vários segmentos sociais, aliás, o seu olhar, a sua cegueira, apenas enxergava o próprio umbigo.
Gente deste tipo, Caro Roberto Dinamite, nosso honrado presidente, deve se manter à distância, quanto mais longe melhor. Não tem de conciliar com este passado de quem trouxe tanto dissabores. Aquele passado do dirigente, com o apoio de Calçada, teve momentos de glória, mesmo que eu seja critico em relação ao dirigente, reconheço sua contribuição; hoje, encerra apenas uma referência histórica, objeto de pesquisadores dispostos a entenderem o que se passou no Vasco, que muitos vascaínos, parecem nem querer lembrar. Não importa, ele faz parte da história do clube, com acertos e desacertos. Você verá mais adiante com quem e com quantos contará para ajudar nesta tarefa, que deve ser árdua, mas que deve tomar o rumo de desvendar algo se obscuro houver, mostrar a face de São Januário, devemos como vascaínos ter ciência, qual é a verdadeira situação do clube. A transparência deve ser escancarada, mostrar claramente , os interesses defendidos pelo dirigente em nome do Vasco.
Quero lembrar ao meu ídolo, que a sua luta foi pelo poder, por mudança de uma gestão autoritária, retrógrada, extremamente conservadora e controlada a mão de ferro, por uma em que circula novos ares, modernidade, com base na comunhão de vascaínos, estruturada na concepção democrática de poder. Deve se contar, claro, com os vascaínos remanescentes da gestão do dirigente, mas requer cuidados especiais para perceber se alguns foram contaminados pelo vírus. Você como político e o grupo que o sustenta não são ingênuos, não sou favorável uma caça às bruxas, mas se elas existem todo cuidado é pouco. Aproveita use as vassouras para fazer uma assepsia, uma faxina geral. Embora, faça parte de seu discurso conciliador, ser presidente de um clube, não implica em ser bajulador eterno do dirigente, enaltecendo os feitos do passado, sua gratidão que parece ser eterna, o que lhe permitiria mais adiante um convite para o seu "dirigente", assim como quem não quer nada, contar com a prestimosa ajuda, continuando assim, penso, se assim me permite, que a mudança, tão anunciada mudança será abortada em nome da "união" dos vascínos de todas as matizes. Não quero ensinar padre a rezar missa, lembre-se de que alguns vascaínos foram os seus adversários, de modo que, tem muito pouco a acrescentar em sua gestão.
Há pedras no meio do caminho, o técnico atual, representa pelas características sempre anunciadas e enaltecidas como um fraterno e leal amigo do dirigente. Segundo a imprensa, embora, esteja no seu direitos de reivindicar o que lhe cabe neste latifúndio, o técnico, como das outras vezes, anunciadas, trabalharia de graça para o dirigente, não deixou transparecer nenhuma reivindicação trabalhista e agora segundo a imprensa, se dispensado, aliás, acho que deve ser, pois representa a face da antiga direção.
Gosto de Antonio Lopes, no entanto tenho restrições, sei que é um técnico vitorioso, mas infelizmente o vínculo com a administração retrógrada, seria sem dúvida a encarnação do dirigente. Se for o caso, Lopes seja contemplado com o que reivindica, para não gerar no futuro uma reclamação trabalhista, basta as que ocorrem em várias instâncias
Como exercício da democracia, a opinião é livre, como forma de expressar, penso que os entulhos autoritários incrustados no interior de São Januário devem ser retirados, nem devem ser protelados. Enfim, a vitória final chegou, que São Januário receba novos ares, se contar com ajuda de Moraes para saber e identificar qual será a dose de oxigênio administrada, acho que vale a pena. Reclamou que precisa respirar novos ares, e o de São Januário, estava poluído, viciado, contaminando o ambiente. As pessoas tinham uma imagem carrancuda, reproduziam inconscientemente o poderoso da Colina que gostava de anunciar esta singularidade.
O certo é que o Vasco respira e o que o vento que chega até aqui, assopra no sentido de que, agora poderemos ser campeões. A primeira vitória foi conquistada, a próxima, será a faixa de algum campeonato, a bola está sob os seus pés. Aliás, de um artilheiro, Dinamite conhece tudo dentro das quatros linhas, o cheiro de vitória nos campeonatos vai começar... Hoje a festa é nossa, da imensa torcida, e da oposição.
5 comentários:
Lindo texto...comos empre meu querido amigo.
Abraços d eboa semana pr avc e família.
Sou um estudioso de história local, de Portugal (Vila da Longra, freguesia de Rande e concelho de Felgueiras) e gostaria de colocar uma pergunta, para o caso de possível informação:
Um patrício , de nome Alberto Baltazar Portela, oriundo desta minha terra, fez vida aí no Brasil e foi director do Vasco da Gama, possivelmente entre as décadas dos anos 30 a 50 / 60... Como foi um benemérito da escola da Longra e chegou a ter seu nome dado a um campo desportivo daqui, gostaria de saber realmente qual o cargo que chegou a desempenhar no C. R. Vasco da Gama, e outros dados, se possível...
Obrigado.
Armando Pinto
Armando Pinto,
Alberto Baltazar Portela Filho foi diretor de Esgrima no Vasco pelo menos durante o ano de 1958. Era nome respeitado no esporte.
Há um Alberto Baltazar Portela como Grande Benemérito também na mesma época, resta saber se é o mesmo ou pai desse primeiro.
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