quarta-feira, 26 de março de 2008

Manchete Esportiva, um pequeno comentário.

Na sexta-feira passada e na segunda desta semana, fiquei ligado ao noticiário esportivo das rádios, em particular da Manchete AM 760 KHZ. Pelo horário do programa Manchete Esportiva, passei a ser um ouvinte, sem nenhuma fidelidade ao programa. Sou um ouvinte de rádio am. Quando voltei a ser um ouvinte de futebol e dos programas esportivos. Lembro da emissora dos tempos do grupo Bloch, passou por diversas mãos, dentre elas, a do jornalista Jair Marquesini, o grupo Dial com vários sócios, dentre eles, se não falha a memória, Marlene Mattos. Foi o momento para o meu espanto e acredito para os demais torcedores de nossa cidade, criaram uma equipe esportiva que só cobria o Flamengo, de imediato mudei de estação, acreditei que não iria muito longe. Coisa de louco, como, assim entendo na minha condição de ouvinte, uma rádio pelos comunicadores que contrataram, dar exclusividade apenas a um clube de futebol, mesmo que o clube seja dono de uma das maiores torcidas, para excluir os outros torcedores; não tem cabimento, por se tratar de uma rádio comercial, mesmo que gere um bom faturamento. Se fosse uma rádio segmentada, vá lá, para atingir o universo urubulino, que assim seja, como parece surgir rádios com a feição dos clubes. Bom, mas esta fase já passou, foi no começo de 2002, inclusive a fase em que abrigou o segmento religioso. Agora, passam por outro momento, quem controla é o Grupo Nasseh de Comunicação (Miguel Nasseh) Ganhou vida ultimamente com o slogan "Rádio de Verdade", ou algo como "No meio é melhor". Acho que é implicancia ao escutar o apelo de que "no meio é melhor", mesmo considerando o dial 760. Da equipe esportiva que montaram, conheci de outras emissoras: Carlos Borges, Waldir Luís, Ruy Guilherme, João Guilherme pela tv, o comentarista do "Recado Certo" Ronaldo Castro que foi para a Rádio Bandeirantes. Em matéria de comentaristas acho que são fracos, Waldir Luis a todo momento vacila; Ronaldo Castro muito arrogante, pernóstico, gostava de tirar um sarro dos colegas. Que Deus o conserve na Bandeirantes AM 1360.
Gosto, acho sensato, com boas análises, o comentarista da CBN AM 860, Álvaro Oliveira Filho, acho engraçado e confuso, mas gosto de ouvir o vascaíno Jorge Nunes; muito bom e com altas doses de humor, ironia, o comentarista Washington Rodrigues da Super Rádio Tupi AM 1280, apenas para citar estes.
O que me motivou a escrever este texto, foi ao ouvir o radialista João Guilherme comentar com os colegas que estava saturado de falar sobre o caso Leandro Amaral, por dois dias, foi quando ouvi, engrenou como se tivesse pedindo desculpas aos ouvintes retorrnar ao assunto Leandro Amaral. Cá com os meus botões que "jornalista" é este que quer se livrar o mais rápido possível de uma noticia. Pior que encontrava ressonância no repórter que servia de interlocutor para o "jornalista". João Guilherme entende que falar sobre futebol compreende apenas ao que está restrito ao campo de futebol, a bola e os jogadores, quando muito, aos dirigentes e técnicos. Imagino que o jornalista para enriquecer o programa que apresenta, acha que temos de ouvir apenas: "sempre respeitando os adversários". "procuro me movimentar bastante", "todos os atacantes que estão no clube são bons jogadores" e por aí vai...assim vai levando o programa e os ouvintes com as mesmas perguntas e respostas. Claro que temos jogadores e jornalistas que saem da mesmice, como o jogador Edmundo que nem sempre atende ao modelo tradicional de entrevistado, são capazes de se expressarem de outra maneira. Acho esta postura muito limitada, uma vez que o assunto "Leandro Amaral" ainda vigora e circula em dois clubes de futebol, ou seja: Vasco e Fluminense, sem um desfecho final. O "jornalista" acha que por dever de oficio deve se restringir apenas ao superficial, a base de sua cobertura jornalística. De uma hora para outra por estar saturado do assunto, ele intervém na realidade, recortando e embrulhando o que deve ser ouvido. Claro que por ser o veículo da notícia o rádio, o tratamento deve ser outro, mas desprezar a notícia que tem importância, ainda mais como foram geradas e quem é um dos protagonistas, continua meu caro, mesmo contra a sua vontade sendo Manchete.

Fernando Botero: Artista Colombiano - Nascido em Medellin, em 1932. Referência na interessante página Pô, Meu! de Nelson Correa

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