terça-feira, 16 de outubro de 2007

Uma vitória sobre a estrêla solitária


Até que enfim, conseguimos uma vitória sobre o Botafogo no último domingo. A coisa tava ficando preta. Tem sido um sufoco os nossos jogos, a apreensão e a inquietação tomam conta de mim neste período. É verdade que penso em certos momentos de apelar para rezas de todos os tipos, para Todos os Santos e aos Deuses do futebol. Até mesmo para os craques que não estão mais aqui, para que encarne em algum perna-de-pau; sei que alguns amigos, chamariam a minha atenção, alertando que seria no plural a referência de jogadores nesta condição em nosso time. Que assim seja, são muitos, mas com certeza, livraria a cara de alguns, como Conca e Leandro Amaral. Com boa vontade incluiria o Perdigão como um bom jogador. O resto é o resto. Romário ia até esquecendo está mais para estátua do que jogador atuante. Não passa para nós nem a certeza de que vai jogar. É um grande craque que atrai mais o dim dim e o brilho dos holofotes do que a bola. Creio que o caminho que está vislumbrando e com certeza em outro espaço conseguirá com brilhantismo desempenhar novas conquistas. O homem é bom em quase tudo que faz. Não embarca em furada.

Não assisti ao jogo, não comprei a assinatura do pay per view. A grana está curta. Há muito que não vou aos estádios, desde que morei em frente ao Maracanã, nas imediações do portão 18. Ficava apavorado com as cenas de violência que presenciava da janela do apartamento ou mesmo quando transitava na rua, rumo ao estádio, tais acontecimentos me ajudaram a decidir que para preservar a minha família o melhor seria mesmo assumir a condição de ouvinte ou quando possível assistir pela televisão. Maracanã ou São Januário só quando mudar a situação política, econômica e social do país, e por tabela o poder instalado na Colina, deste jeito, penso que tão cedo não irei a um estádio exercer o meu direito de torcer pelo meu time.

O Vasco ultimamente mudou para pior, pois há muito tempo, quando havia um confronto contra o time da estrela solitária , eu já aguardava confiante uma vitória, diria sem nenhum exagero são nossos fregueses, o meu sorriso tomava 98% da minha face, o resto ficava por conta das adversidades. Hoje se dá justamente o contrário. Os três resultados de uma partida o nosso Vascão por razões explicadas talvez pelos dirigentes, o time apenas insiste em privilegiar a derrota. Resultado é muito desconfortante para o torcedor vascaíno, sujeito ao deboche e outras brincaderinhas promovidas pelos adversários. Lembro com ares de preocupação não estamos livres, qualquer deslize pode ser fatal.

O momento vascaíno pode ter fortes vínculos com a situação que vivencia o nosso time, uma incerteza quanto à legitimidade do exercício da presidência pelo dirigente vascaíno. O time me parece reflexo real do que acontece no espaço de São Januário. Se tivéssemos uma direção mais democrática, receptiva, antenada com a modernidade, creio que teríamos mais torcedores vascaínos. A mídia maltrata muito o nosso clube. Continuamos refratários na aproximação de anunciantes, fechados para entrevistas, jogadores esquivam-se da imprensa, com esta postura a tendência é cada vez distanciarmos de futuros torcedores e patrocinadores. Precisamos de visibilidade.

O vascaíno hoje mesmo conseguindo vitórias, continua sendo derrotado. Até a vitória final.

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