terça-feira, 13 de novembro de 2007

Vasco - Minha paixão







Pois é, o nosso clube depois do último jogo, realmente é o time da virada, da virada para trás. Não almeja vitórias, vive em total apatia, sem perspectivas, se deixa abater. Os melhores jogadores que elegemos como torcedores, podem a qualquer momento virarem as costas para o clube. Nem seria diferente, pois com a política salarial implementada pelo dirigente mor do clube, não corresponde com as novas possibilidades que eles podem encontrar nos clubes interessados neles. Obviamente ganhariam mais, acredito que ficaria muito difícil algum deles renunciar a perspectiva de melhora de vida para ficar e atender o apelo do dirigente, aliás, afiançou que um deles, o jogador Leandro Amaral não sairia do clube. É ver para crer. Como uma figura desgastada nem sei se mereceria crédito. Para lembrar nem empresas confiam em sua administração, daí o Renato Gaúcho apontar na direção certa. Foi o caso do BMG, passou por ali por intermédio de Romário, findou o prazo, pulou fora.

O nosso maior dirigente que elege o confronto entre Vasco e Flamengo como uma disputa à parte, em um campeonato que, diga-se de passagem, até nisto estamos em desvantagem, trata-se de uma bobagem com intuito de iludir os torcedores. Para mim, alcançaria uma dimensão maior se, os times disputassem entre si, títulos de um campeonato oficial. É com esta perspectiva que estamos mal. Um dirigente que reduz a participação de nosso time a um campeonato a parte e se dá por satisfeito com uma eventual vitória de nosso time. O que ele poderia dizer da ascensão do rival no atual campeonato e uma torcida que encontra eco na mídia? Apenas viramos alvo e espectadores em campeonatos, que com a graça de Deus não passamos por coisa pior.

Desde que assumiu o clube sua política tem sido nefasta para o Vasco. Conquistamos muitas derrotas e em vários níveis, o que tem nos deixado decepcionados, iludidos, frustrados como torcedores, e no meu caso também bastante céptico em relação ao desfecho do espúrio presidente do nosso clube. Não aponto o dirigente como o único culpado pela conduta do clube chegar nesta situação. Tão pior quanto ele, é o grupo de sustentação que não consegue, por interesses do próprio grupo, destituir o dirigente. O grupo espelha a mentalidade conservadora da estrutura de poder no clube, deletando qualquer voz discordante. Não admite qualquer conturbação no ambiente do clube, ali à nau tem que navegar em mares tranqüilos, soberana. Preserva este status a qualquer custo. Entende que torcida apenas serve para torcer, não necessariamente sofrer.

O dirigente não é nenhum ingênuo, se apoderou do clube por que as pessoas que o cercam permitiram e entendem que pode ser uma arma eficaz no combate contra a intromissão de “estrangeiros” e assumam o poder em São Januário, temos que considerar que o clube, é um “clube de colônia”.

Criaram uma serpente, alimentaram sua vaidade, abriram caminhos para ostentação de seu luxo, enaltecem a figura como o maior dirigente que o futebol jamais viu. Aquele que qualquer clube desejaria; um dirigente personalista, na verdade vascaínos de toda grandeza sentiam envaidecidos, orgulhosos por contar com a perspicácia, com a esperteza, a malandragem, daquele que detém a verdade, o homem que combate e trata a imprensa dentro dos rigores da lei da Colina, o que sabe mais, que trata nossos ídolos com desprezo, daquele que mandava com o seu prestigio na federação a época em que o “homem do chuvisco” presidia a entidade, aquele que foi para o congresso lutar unicamente a favor dos interesses do clube e possivelmente deve ter defendido, de que, realmente não sei. Fiquei pasmo com a noticia de que o Benfica trocaria experiências de gestão com o nosso clube. Deve ter algum sujeito bem lúcido que consegue enxergar que uma administração que se perpetua por um bom tempo e não foi capaz de conseguir patrocinadores, armar um time competitivo seja modelo e cópia para um time europeu, por mais que tenha afinidades de origens.

È lamentável como vascaíno ser testemunha da situação em que nosso clube vivência, qualquer resultado de uma partida é válido, faz parte do jogo, mas tem sido diferente o resultado de nossos confrontos com outros adversários, conquistamos com muito sacrifício derrotas, mas quem tem sido vitorioso é o dirigente. Não podemos reclamar, faz jus ao que ele sempre propagou, mesmo que as nossas custas.

Até a vitória final.

* O texto em exposição no blog foi também publicado no site Supervasco

Nenhum comentário: